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Neste Dia Internacional das Mulheres, é preciso lembrar, mais uma vez, que ainda há muito o que fazer para concretizar a igualdade de gênero:

➡️ Erradicação da violência contra a mulher
➡️ Igualdade nos salários
➡️ Igualdade nas obrigações domésticas
➡️ Maior inserção política
➡️ Por mais mulheres em cargos de liderança
➡️ Por mais respeito

Esses são somente alguns pontos a serem debatidos, a lista é extensa.

O debate acerca da importância das mulheres em posições de liderança, por exemplo, ganhou um papel importante na agenda ao redor do mundo, uma vez que os Estados são colocados em reflexão para mudanças de práticas para erradicar essa desigualdade. Nesse sentido, destaca-se a meta de “eliminar a discriminação no emprego”, proposta no sexto princípio do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse é um dos fatores que impulsionou a presença feminina nas lideranças de empresas mundiais. Nessa linha, a celebração do Dia Internacional das Mulheres pelas Nações Unidas em 2023 está sob o tema “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”. As ações visam explorar o impacto da lacuna de gênero digital na ampliação das desigualdades econômicas e sociais, além de destacar a importância de proteger os direitos de mulheres e meninas em espaços digitais. A preocupação de inclusão da mulher no mundo digital é de extrema importância. Isso porque, a falta de experiência e habilidades, além da competitividade, representam ainda grandes desafios para sua inserção no mercado de trabalho.

Nesse contexto, é importante relembrar a redução das mulheres no mercado de trabalho e na ocupação de cargos de liderança no período pandêmico. Durante tal período, foi perceptível o desequilíbrio nas obrigações domésticas, sobrecarga de trabalho e emocional pelo cuidado com a casa, filhos, idosos, afetando diretamente o seu espaço no mercado de trabalho. Estudos apontam que o número de cargos de liderança ocupados por mulheres, lamentavelmente, ainda não recuperou os níveis pré-pandêmicos.

No que tange à representatividade na política, esse debate ainda se encontra muito distante do almejado. Mulheres negras, trans e jovens começaram a ocupar mais espaços na política brasileira. Todavia, o número de deputadas eleitas ainda está muito aquém dos desafios que a população feminina enfrenta na sociedade e também na política. O preconceito, as normas sociais sobre os papéis de gênero ainda existem e limitam sobremaneira a participação feminina na política, reforçando ainda mais a desigualdade de gênero. É necessário abrir debates sobre essas falas para refletir e desconstruir a cultura machista presente em nosso dia a dia.

Nós seguiremos sempre na luta por direitos e dignidade. 💪🏽

“A extensão dos direitos das mulheres é o princípio básico de todo o processo social.”
Charles Fourier