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É consenso que, apesar de alguns progressos e avanços, ainda há muitos obstáculos a serem enfrentados para concretizar a igualdade de gênero.

De acordo com o Mapa da Violência Contra a Mulher de 2018, mais de 68 mil casos foram registrados em todo país. Entre esses dados temos casos de estupro, violência física, psicológica, tentativa de feminicídios e feminicídios. Desde a homologação da Lei Maria da Penha, ocorrida em 7 de agosto de 2006, temos outro olhar sobre violência doméstica, que passou do âmbito das quatro paredes para ganhar as delegacias especializadas e equipamentos de acolhimento. A violência contra a mulher ainda é, infelizmente, uma realidade.

Um outro desafio é a participação política da mulher nos espaços de poder. O pouco tempo dedicado à ação política pelo acúmulo de tarefas é um dos entraves à participação feminina. Destaca-se, ainda, a reversão de ganhos dos direitos já conquistados. Na reforma da previdência, por exemplo, as mulheres foram muito prejudicadas com o aumento da idade mínima da aposentadoria e a equiparação da idade entre homens e mulheres na aposentadoria especial.

O Dia 8 de março é uma oportunidade de mobilizar a sociedade em defesa da igualdade de gênero. Nós avançamos em direitos e conquistas cada vez mais importantes, mas ainda precisamos avançar muito mais. Precisamos falar sobre os direitos humanos das mulheres, direitos e conquistas em todos os espaços possíveis. Vamos?

Telassim Lewandowski e Letícia Kolton Rocha